Dás-te conta que o tempo passou a voar. Tudo o que acreditava ser infinitamente interminável acaba. Acabou mesmo? As promessas são só mesmo promessas. E os dogmas e crenças da juventude perdida, ali ficam. No maior luar da praia onde um dia me mentiste e onde a lua por se sentir traída te amaldiçoou. Não és mais guardador dos meus sonhos. És apenas uma lição de vida. O meu coração já não bate desordenadamente quando ouve o teu nome. E as minhas pupilas já não dilatam quando te vejo. A tua voz já não me encanta. E os meus lábios já não humedecem quando julgam encontrar os teus. Pior que tudo isto que no fundo podia ser o vazio ou a imensurável ausência de ti, é mesmo perceber que a dor que sinto é por não ter tido coragem de te amar mais e ter-te deixado partir no primeiro momento em que a tua mão me tocou no ombro acenando o teu reaparecimento na minha vida. Isto não é uma desilusão amorosa é uma desilusão fantasiosa porque um dia fizeste parte de um conto de fadas, princesas e dragões. Agora és somente mais um ser errante que passou na minha vida para que pudesse aprender uma nova lição e virar a página deste livro amarelado que leio e releio e que se arrumou na prateleira da vida.
Thursday, June 16, 2016
Monday, May 16, 2016
fumo e a luz branca
Acordar numa cidade e não ouvir um único motor, buzina ou travão mais relaxado, não parece de todo acordar numa cidade. Por momentos ela temera que tivesse morrido. A luz branca que trespassava abruptamente pela janela daquele quarto, que nada mais era que quatro paredes pálidas desnudadas dava a sensação de um chamamento do paraíso ou qualquer outra entidade divina. Atordoada tentava perceber onde raio estava, que leito era aquele onde se deitara e a angústia de saber com quem. A roupa que tivera outrora no corpo encontrava-se espalhada pelo chão do quarto e da forma como se dispunha, não parecia de todo ter sido uma tarefa pacífica. Respirou fundo, procurou um cigarro, sim um cigarro ia ajuda-la a organizar as ideias, perceber o que teria acontecido. Não, um cigarro não ia ajudar em nada, ela sabia que a resposta estava no corpo ainda quente deitado ao lado dela, mas precisava de um cigarro. Começou a remexer a cama, os lençóis, as roupas no chão e a maldita luz branca que lhe queimava a visão. A ansiedade estava a deixá-la cada vez mais desesperada. Onde diabos estava um cigarro?! Ouviu um sibilar, acompanhado de movimentos sanfonados, primeiro lentos seguidos de dois braços bruscos e ligeiros que a puxaram novamente para a luz branca. "Só quero um cigarro", estas últimas palavras foram sufocadas com dois dedos na boca que intuitivamente alcançaram a língua, travaram qualquer tentativa de comunicação verbal e iniciaram um ritual de asfixia quase hipoxifilica, perante a qual ela não se debateu minimamente. Alguns minutos de fugaz satisfação da carne acompanhados de gemidos abafados ouve-se um "clique" de um Zippo. "Toma fuma este cigarro!". Ela agarrou-o ansiosamente, com um travo mais profundo encheu a luz branca que se esgueirava pela janela do quarto de uma nuvem de fumo que a inundou de tranquilidade e a deixou suavemente em paz.
Monday, April 4, 2016
Despertar
Tuesday, May 26, 2009
Storyteller...
I can’t afford another day
At 50 bytes per second
I’ve never seen your face
I’ve never heard your voice
But I think I like it
When you instant message me
With a promise
I can feel it
I can tell you're gonna be
Just like me
My eyes are gonna strained
My heart is feeling pain
At 50 beats per second
I’ve never seen your eyes
I’ve never heard your lies
But I think I like it
When you instant message me
With a promise
I can feel it
I can tell you're gonna be
Just like me
Just like me
You tell
You tell
You tell my name
And...
I can’t pretend
Choose how it ends
You slipped away
Questions you to say
In fear
In sorrow
In fear
In sorrow
I can’t pretend
Consumed by an ends
Try bend the rules
Ribs out the cruels
In fear
In sorrow
In fear
In sorrow
I can’t pretend
Choose how it ends
You slipped away
Questions you to stay
In fear
In sorrow
In fear
In sorrow
Wednesday, April 15, 2009
Porque o trabalho abunda...
... e os poucos momentos de descanso que temos devem ser aproveitados até à última gota, registados e até mesmo publicados, porque nesta vida... tudo o que fazemos é interpelado por algo... a que vulgarmente poderemos chamar de "se nãos" ou "mas"... Também porque nunca estamos felizes com nada ou a 100% ... !?